‘Por mais que seja nosso pai, ele tem que pagar’, avisa filha de vítima de feminicídio
Maria Adelma, de 42 anos, foi assassinada pelo ex-marido a caminho do trabalho em Indianópolis, na zona sul de São Paulo; entenda o caso
Cidade Alerta|Do R7
O Cidade Alerta mostrou com detalhes o caso de Maria Adelma, de 42 anos, assassinada pelo ex-marido a caminho do trabalho em Indianópolis, na zona sul de São Paulo. Um vídeo gravado momentos antes do crime, mostra Fabiano, de 48 anos, próximo ao local de trabalho da mulher.
A vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Uma das filhas de Maria Adelma reconheceu a bolsa de Fabiano ao lado do corpo da mulher. Após o ataque, o ex-marido fugiu e ainda não foi localizado pela polícia.
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Maria era auxiliar de serviços gerais em uma escola, e há cerca de um mês, decidiu por um ponto final no relacionamento com Fabiano, com quem foi casada por mais de 20 anos. Desde então, passou a ser perseguida pelo ex-marido. “Ameaçava ela, só que a gente [filhos] não achou que ele faria isso mesmo. Achamos que foi só no começo pela separação, mas infelizmente ele já estava em mente, já tinha articulado”, desabafa a filha da vítima.
Segundo testemunhas, Maria fazia o mesmo trajeto todos os dias para chegar no trabalho, e alegam que Fabiano não costumava passar por ali, mas, depois da separação, começou a frequentar a região para perseguir a vítima. No dia do crime, o suspeito apareceu no local com uma faca e partiu para cima da ex-esposa.
Câmeras de seguranças flagraram parte do crime. Nas imagens, é possível ver o suspeito tirando as roupas que vestia e os pertences e deixando o local. Segundo a polícia, foi uma tática para não ser identificado.
“O crime foi premeditado, e se trata de um feminicídio no mais puro dizer da palavra. Tudo indica que ele estava aguardando e de forma premeditada a procurou e desferiu as facadas nela”, conta a delegada responsável pelo caso.
Maria chegou a ser socorrida e levada para o hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Emily, uma das filhas da vítima, foi a primeira a saber da morte da mãe. “Na hora que cheguei lá, minha mãe estava praticamente assassinada. Estava jogada no chão, com muito sangue. E eu realmente achei que fosse um assalto, mas vi as coisas do meu pai no chão, então foi ele, entendeu?”.
Segundo a família, depois que pediu a separação, Maria chegou a ir à polícia, fez um Boletim de Ocorrência contra o ex-marido e solicitou uma medida protetiva, que acabou recusada pela Justiça.
O caso foi registrado na 2ª Delegacia da Mulher da região, que segue com as buscas para localizar o criminoso. Agora, a família da vítima pede por justiça. “Perdi minha filha. Pai e mãe para mim, acabou. Porque ela não volta mais e ele vai ser preso. Meu pai matou ela, o mais difícil é isso. E a gente só quer justiça por ela, por mais que seja nosso pai, ele tem que pagar pelo que ele fez”.
“Eu nunca imaginei meu mundo sem minha mãe. Eu não sei o que vou fazer agora, então para mim acabou tudo. Ele destruiu tudo”, lamenta filha.
Confira na íntegra:
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