"Na política, nunca se joga com a verdade", afirma Camila Rodrigues
Atriz conta que minissérie mostrará os bastidores do governo por meio de ficção realista
Plano Alto|Jéssica Montes, do R7 no Rio

Camila Rodrigues faz parte do elenco escolhido a dedo de Plano Alto, minissérie em que viverá a Chefe de Gabinete do governador do Estado do Rio de Janeiro, Guido Flores, interpretado por Gracindo Junior. Em entrevista ao R7, a atriz diz que a obra mostrará os bastidores da política.
─ A ideia é passar ao público o que acontece no nosso governo, através de uma ficção realista. É maravilhoso abordar este tema em ano de eleição. Vamos expor como funcionam os interesses de ambas as partes e de que forma a sujeirada acaba vindo à tona. Na política, se joga com interesse, nunca com a verdade. As pessoas do meio fazem de tudo para se candidatar e vencer.
Camila Rodrigues aproveitou para apresentar aos internautas sua personagem, que, segundo ela, é mais do que uma secretária.
─ Melissa é chefe de gabinete do governador e amiga da família. A mãe dela é bastante ligada à esposa de Guido Flores, Dona Yolanda (Ester Góes), e, assim, consegue este cargo de confiança. Isso acontece porque é descoberto, na trama, que o ex-Chefe de Gabinete traiu o político. Dona Yolanda acaba usando o charme de Melissa para conseguir informações de interesse do marido.
A atriz conta que não se preparou apenas com os textos. Ela revela que teve contato com uma Chefe de Gabinete no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul do Rio.
─ Conversei com uma mulher que está neste cargo há 22 anos. A pesquisa foi legal para eu perceber que, apesar de o “negócio” ser sério, as pessoas se tratam normalmente. Um Chefe de Gabinete tem poder e certa intimidade com seu superior, não é apenas um secretário. Trata-se de um funcionário que dá opiniões. Foi super válido ter ido àquele ambiente desconhecido.
Camila Rodrigues diz que a política atual brasileira merece uma reforma geral.
─ Selecionar um ponto é difícil, porque o que está acontecendo é para desacreditar no ser humano. Promovemos uma Copa do Mundo, que foi até decente, e não um caos, mas gastamos milhões com a construção de estádios, envolvendo uma tremenda roubalheira. O mais importante, como educação e saúde, não temos.
