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Rio 2016

Justiça do Rio revoga prisão de dirigente irlandês Hickey acusado de cambismo na Rio 2016

Rio 2016|Do R7

A Justiça do Rio de Janeiro revogou nesta segunda-feira (29) a prisão preventiva do dirigente olímpico irlandês Patrick Hickey, acusado de participação em um esquema de venda ilegal de ingressos nos Jogos Rio 2016.

Em comunicado em seu site, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio informou que o desembargador Fernando Antonio de Almeida acolheu o pedido de habeas corpus dos advogados do irlandês, que, no entanto, está impedido de deixar o Brasil e deverá devolver o passaporte às autoridades no prazo de 24 horas.

Hickey era presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e fazia parte da cúpula do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao ser preso pela polícia em um hotel de luxo do Rio no dia 17 de agosto, durante a Olimpíada. O dirigente irlandês foi indiciado por crime contra o torcedor, formação de quadrilha e marketing de emboscada.

“Nenhum dos três crimes imputados ao paciente tem sua pena máxima cominada em mais de quatro anos, não sendo, evidentemente, plausível em mantê-lo na prisão em que se encontra”, disse o desembargador, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio.


"Não se vislumbra que sua liberdade trará qualquer obstáculo ou risco para ordem pública, instrução criminal se, se for o caso, futura aplicação da lei penal”, acrescentou ele, de acordo com comunicado.

Mais cedo nesta segunda, o advogado Helton Márcio Pinto, sócio do escritório que assumiu a defesa de Hickey, disse à Reuters que um pedido de habeas corpus havia sido apresentado à Justiça do Rio no fim da semana passada, e que "não tem nenhuma prova contra ele".


O dirigente estava detido em uma prisão do sistema penitenciário do Estado do Rio e cumprindo regras como uso de cabelo raspado e uniforme.

No sábado à noite, o também irlandês Kevin Mallon, diretor da empresa investigada pela polícia THG, deixou o sistema penitenciário do Rio após ser beneficiado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


O Comitê Olímpico da Irlanda e as empresas Pro10 e THG foram acusados pela polícia fluminense de montarem um esquema de venda ilegal de ingressos nos Jogos do Rio para faturar cerca de 10 milhões de reais.

(Por Rodrigo Viga Gaier; com reportagem adicional de Pedro Fonseca)

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