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Tiro com arco: regras, história e recordes

Saiba um pouco mais sobre a modalidade que tem brasileiro na briga por medalha; disputas começaram hoje, 7

Blog|Tatiana Ramil

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Nos Jogos Pan-americanos, o tiro com arco foi introduzido em 1979, em San Juan.
Nos Jogos Pan-americanos, o tiro com arco foi introduzido em 1979, em San Juan.

Na fase de classificação são 6 rodadas de 12 disparos no alvo, cuja pontuação vai de 1 a 10. Após os 72 tiros, os arqueiros são classificados de acordo com o total de pontos acumulados, e então são definidos os confrontos de um contra um (o melhor contra o pior e assim sucessivamente).

No confronto, os dois arqueiros disputam até 5 sets. Em cada set, cada atleta faz 3 disparos, tendo 20 segundos para realizar cada disparo. Aquele que conseguir pontuação maior, vence o set e marca 2 pontos. Se o set terminar empatado, cada atleta leva 1 ponto. O arqueiro que acumular 6 pontos vence e avança.


Disputa de equipes - Cada atleta tem 2 disparos cada um e os pontos são somados em cada set.

HISTÓRIA


O tiro com arco fez parte dos Jogos Olímpicos de 1900 a 1920. As diferentes regras aplicadas nos países fizeram com que a modalidade deixasse o programa olímpico por várias décadas. Com a adoção de regras da Federação Internacional de Tiro com Arco por diversos países, a modalidade voltou a ser olímpica em 1972, em Munique.

Nos Jogos Pan-americanos, o tiro com arco foi introduzido em 1979, em San Juan. Desde então, o Brasil conquistou cinco medalhas, todas de bronze, e um dos objetivos da equipe em Lima é alcançar pela primeira vez o primeiro ou segundo lugar do pódio nos Jogos Pan-americanos.


Os Estados Unidos dominam o quadro de medalhas do tiro com arco em Pans, com 98 medalhas no total. O segundo colocado é o México, com 33 medalhas, seguido por Canadá, com 26.

NOVIDADE E RECORDE EM LIMA


No Pan de Lima será disputado pela primeira vez o arco composto, em que cada uma das lâminas possui uma alavanca em suas extremidades. O Recurvo é composto por lâmina, punho e corda.

Por valer vaga direta para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, os Jogos de Lima chamam a atenção dos atletas. Entre os homens o favorito é o norte-americano Brady Ellison, que se tornou campeão mundial e líder do ranking neste ano. Logo no primeiro dia de competição em Lima, ele bateu o recorde mundial ao conseguir 702 pontos. A antiga marca, de 700 pontos, pertencia ao sul-coreano Kim Woojin e foi obtida nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Ellison é também duas vezes medalhista olímpico de prata por equipes, em 2012 e 2016.

Em segundo lugar na fase de classificação ficou o brasileiro Marcus Vinícius D´Almeida, com 692 pontos. Com isso, o atleta supera o seu próprio recorde brasileiro de 685 pontos e estabelece também um novo recorde sul-americano.

Marquinhos, como é conhecido, é o 25º colocado no ranking mundial e cotado a levar medalha. Carioca, ele tinha 12 anos quando conheceu o tiro com arco. Em praticamente 10 anos no esporte, ganhou as medalhas de prata na Copa do Mundo 2014 (sua principal conquista), ouro no Mundial kadete e bronze por equipes no Pan de 2015, entre outras conquistas.

Embalado pelo nono lugar no último mundial da modalidade, na Holanda, o brasileiro de 21 anos espera seguir com bons resultados no Pan de Lima. Para conseguir a vaga olímpica no individual, Marquinhos precisa ser medalha de ouro ou prata, caso o vencedor seja um norte-americano.

Outro atleta bem ranqueado que estará em Lima é o também norte-americano Jack Williams, em 10º lugar. Ele terminou em terceiro na fase de classificação, com 689 pontos.

No feminino, a favorita é a mexicana Alejandra Valencia, 10ª colocada no ranking mundial, que ganhou medalhas de ouro no individual e por equipes nos Jogos Pan-americanos de 2011 e prata por equipes em 2015. Na fase de classificação em Lima, Alejandra quebrou seu próprio recorde pan-americano ao conseguir 675 pontos. Sua antiga marca, de 2015, era de 655.

A melhor brasileira ranqueada é Ane Marcelle dos Santos, em 72º lugar. Aos 25 anos, ela terminou em 9º nos Jogos Olímpicos do Rio, melhor resultado de um arqueiro do Brasil em Olimpíadas. A atleta nasceu em Maricá (RJ), um dos centros da modalidade no país e sede da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO).

Entre as representantes brasileiras está também Graziela Paulino dos Santos, 23 anos, a primeira indígena a representar o Brasil em Jogos Pan-americanos. Ela é da comunidade indígena Nova Canaã, no Rio Cuieiras, na região amazônica do Rio Negro. Por já ter uma ligação com a modalidade desde criança - através do arco e flecha -, Graziela atingiu o mesmo nível de quem já pratica o tiro com arco há mais tempo com certa facilidade.

O Brasil também será representado no arco recurvo por Marcelo Costa, Bernardo Oliveira e Ana Luiza Caetano. No arco composto, os participantes do país são Bruno Brassaroto e Gisele Meleti.

A equipe de tiro com arco do Brasil será comandada pelo treinador cubano Jorge Carrasco, que está à frente da equipe brasileira há poucos meses.

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