Rosanne Mulholland reflete sobre trajetória como Agripina em Paulo, O Apóstolo: ‘Das personagens mais ricas e complexas que já fiz’
Atriz revelou que o papel de mãe de Nero foi diferente de todos os trabalhos que desenvolveu na dramaturgia e elogiou equipe
Entrevistas|Ana Mello, do R7

Quando topou o desafio de viver Agripina em Paulo, O Apóstolo, Rosanne Mulholland sabia que a personagem seria diferente de todas as outras que já fez em sua carreira na televisão. O primeiro contato com uma trama épica marcou uma nova faceta da atriz na ficção, com uma personagem fria, manipuladora e ardilosa. Em entrevista ao site oficial, a atriz analisou a trajetória de Agripina, após seu fim trágico na superprodução da RECORD.
“Foi uma das personagens mais ricas e complexas que eu já fiz. Porque ninguém é ruim porque quer ser assim. As pessoas têm as dores delas, o contexto em que vivem”, conta.
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Rosanne se despediu de Agripina em uma cena impactante, com um golpe de adaga no ventre. A ordem de matá-la veio do próprio filho, Nero (Enzo Ciolini), após Popéia (Emily Matte) inventar que Agripina havia sido mandante do assassinato de Acte (Juliana Xavier) e Elisa. Soldados romanos foram, então, até o esconderijo de Agripina e executaram a mãe do Imperador.

“É uma cena bem pesada. Foi desafiador e difícil de gravar, porque foi uma situação que visitei pela primeira vez”.
Para Rosanne, a derrocada de Agripina pegou até a personagem de surpresa. A atriz analisa que ao mexer com Popéia, a romana não esperava ser trapaceada.
“No começo [do envolvimento de Nero e Popéia], ela ainda se sente por cima, mas à medida que a Popéia vai avançando, ela vai percebendo que é bem perigosa. Mas, ainda assim, não imagina onde Popéia é capaz de chegar e é surpreendida, não esperava que ela poderia fazer coisas piores. Ela não perde só o filho, a família, mas também esse status, a política, tudo que ela era. É uma queda muito grande”, avalia.
Ao falar sobre o vínculo entre Agripina e Nero, a atriz pondera que a relação entre mãe e filho não era boa dos dois lados. Para Rosanne, a personagem desejava perpetuar o poder e seus atos eram uma forma de proteger a linhagem.

“É uma relação em que não existe escuta, então, você não consegue se entender com o outro. Agripina é muito controladora, impositiva e Nero é muito reativo, o que faz com que a conexão entre os dois desande até um grau inimaginável. E tem muitas outras questões em jogo, não só a relação de mãe e filho, mas de poder, de vida e morte. Ela quer garantir a vida deles por meio do controle, só que ela sufoca ele. Não tem diálogo, nem um caminho em comum”, defende.
Construção da personagem
Para viver a vilania de Agripina na série, Rosanne apostou em um tom de voz mais baixo e em uma postura corporal sem exageros. Além da preparação de elenco, ela conta que o diretor Leo Miranda colaborou nessa construção da personagem.
“Quando a pessoa está nesse lugar de poder, ela não precisa gritar, ela já é [poderosa]. Ela vai no tom de voz baixinho, costurando as situações com inteligência. Claro que tem um momento ou outro que ela se irrita, mas é bem mais na sutileza, sem mostrar que vai puxar seu tapete e fazer uma maldade, porque isso não fica à mostra antes, só depois que passou que a pessoa percebe [risos]”.
O mergulho na realidade romana também foi um ponto celebrado pela artista, que revelou nutrir uma curiosidade por história desde a época em que estava na escola.

“Sempre tive um uma certa curiosidade com a Roma antiga, me interessava muito e realmente mergulhei, fui entender os valores daquela sociedade, qual era o papel das mulheres, como que era essa relação com o poder e os status das pessoas. Aprendi muitas coisas que me ajudaram com a Agripina. Foi como uma viagem no espaço-tempo, com esses figurinos que são belíssimos, os cenários maravilhosos”, enaltece.
Balanço
Com o fim de Agripina em Paulo, O Apóstolo, Rosanne conclui seu primeiro trabalho na RECORD com o carinho dos colegas de elenco. Enquanto conversava com o site oficial, a atriz recebeu diversos abraços dos atores de seu núcleo e elogiou a forma como foi recebida na emissora.
“É um ambiente delicioso de trabalhar, meus colegas também, sou apaixonada por eles. Foi gostoso, tudo muito cuidadoso, com afeto e um grande prazer viver uma personagem tão poderosa. Foi divertido estar entre vários senadores e mandar no que eles tinham que fazer [risos]. É um trabalho de atriz novo, tem um peso diferente de tudo que eu já fiz. Curti esse apelo mais dramático”, conclui.
Paulo, O Apóstolo é exibida de segunda a sexta, às 21h, na tela da RECORD. Acesse o RecordPlus para rever os episódios.
Elenco comenta fim das gravações da superprodução:
Por Gabriel Alberto, do site oficial
Em clima de emoção e com a certeza de missão cumprida, as gravações de Paulo, O Apóstolo chegaram ao fim na quarta (6). Pouco antes de começar o dia, o elenco envolvido nas cenas finais confraternizou ao lado da equipe da superprodução. O protagonista, Murilo Cezar, aproveitou para trazer o irmão, Bruno, para conhecer os estúdios do Complexo de Dramaturgia da Seriella no Rio de Janeiro. Ao site oficial, os atores contaram a experiência de concluir o projeto em exibição na RECORD














