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Reis

Bruna Pinheiro e Ana Beatriz Tavares visitam instituto para capacitação de pessoas com deficiência visual

Atrizes interpretam Ayla e Yarin, respectivamente, em Reis, e comentam preparo que fizeram na fundação Benjamin Constant 

Entrevistas|Raíza Chaves, do site oficial

Atrizes detalharam a experiência no local
Atrizes detalharam a experiência no local

A sétima temporada da série Reis, intitulada O Pecado, mostra a história de Ayla (Bruna Pinheiro), uma jovem cega que passa por dificuldades com a família. Na trama, a moça é auxiliada por Yarin (Ana Beatriz Tavares), que sempre a acompanha. Para construir as personagens, as atrizes visitaram o Instituto Benjamin Constant, instituição que é referência na capacitação profissional de pessoas com deficiência visual.

No local, as atrizes foram recebidas pela assessora de direção geral do instituto, Ana Maria Nóbrega. Em entrevista ao site oficial, elas contaram tudo sobre a experiência.

"Eles têm um trabalho muito legal de orientação e mobilidade para pessoas cegas, desde que elas nascem até quando fazem mestrado. É um espaço gigantesco e lindo! Muitas pessoas não sabem porque não têm acesso à informação de que ali funciona uma biblioteca com impressora em braille. Então, eles produzem os próprios materiais", disse Bruna Pinheiro.

Atrizes registram bastidores das gravações da série
Atrizes registram bastidores das gravações da série

Já a atriz Ana Beatriz Tavares, intérprete de Yarin, contou o que buscou aprender durante a visita.

"Minha questão principal era como auxiliar pessoas que são totalmente funcionais e independentes, qual era o meu papel nessa questão da ajuda e até onde eu poderia ir. São pessoas que precisam de auxílio, mas não como geralmente os leigos entendem".

Para Ana Beatriz, o contato com essa realidade fez toda diferença no processo de preparação para a personagem, que também envolveu pesquisas.

"De cara, vi pessoas cegas sendo acompanhadas exatamente como eu me preparei para a série. Como fiz uma pesquisa bem grande antes mesmo de ir ao instituto, vi vários vídeos de pessoas falando sobre como gostam de ser tratadas. Cheguei lá e vi isso na prática: eles passando por espaços estreitos, degraus e portas, foi um trabalho de observação muito importante para mim", disse.

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Bruna complementou a fala da colega de cena e afirmou que, além das informações recebidas para construir as personagens de maneira mais profunda, o mais importante foi a percepção que ganharam ao observar essa realidade de perto.

"Tem uma professora de orientação e mobilidade que me recebeu na sala dela. Ela me explicou muitas coisas funcionais sobre como me locomover pelo espaço, questões que já vinha trabalhando com a Nara [Marques, preparadora de elenco da série]. Conseguimos fazer tudo na prática e em contato direto com pessoas cegas, que passam por isso todos os dias."

Bruna Pinheiro e Ana Beatriz Tavares já se conheciam antes de contracenarem juntas
Bruna Pinheiro e Ana Beatriz Tavares já se conheciam antes de contracenarem juntas

A intérprete de Ayla também fez questão de explicar como a falta de informação prejudica o desenvolvimento das crianças que nascem com deficiência.

"O acesso à informação era bem menor naquela época [da série] e explica muito também porque essas pessoas eram tão excluídas da sociedade e viviam em Lo Debar, na cidade dos excluídos", comentou.

Relacionamento de Ayla e Yarin

Uma curiosidade é que as atrizes já se conheciam há anos. Bruna disse que essa relação fora de cena também favoreceu a construção do relacionamento das personagens.

"Nos conhecemos em um teste quando a Ana ainda era menor de idade e nos reencontramos na Record TV. O fato de termos nos reencontrado na sala de preparação já foi algo muito legal, porque tínhamos uma certa intimidade, e essas duas personagens tem que ter muita. Yarin é os olhos da Ayla! Tem que ter uma relação íntima, de confiança. Nos unimos, e isso ajudou".

Antes das cenas, as atrizes costumavam chegar mais cedo para aquecer e andavam pela emissora para treinar a locomoção e a sensibilidade que as personagens têm. Ana Beatriz explicou como funcionava a dinâmica.

Bruna ressaltou a importância da informação para pessoas que possuem alguma defiência
Bruna ressaltou a importância da informação para pessoas que possuem alguma defiência

"Eu falava tudo que estava enxergando para ela, e Bruna, sem ver nada, passando pelas portas, pessoas e degraus. Algumas pessoas até acharam que ela fosse deficiente visual mesmo".

A intérprete de Yarin ainda revelou uma inspiração para o trabalho. "Tenho uma avó de 94 anos que precisa de cuidados 24h por dia. Me inspirei muito no carinho que vejo das cuidadoras com ela. Foi a primeira coisa que me ajudou a trazer a sensação: as cuidadoras da minha avó. Com isso, comecei a ser uma pessoa muito mais observadora”.

Ela também ressaltou a importância de representar a serva de Ayla na superprodução.

"Viramos irmãs. Yarin era a pessoa que Ayla tinha para ser confidente e amiga. É muito bom ver essa relação das duas na série, é um respiro cênico. É uma amizade muito bonita e uma personagem [Yarin] muito importante. Ela representa uma galera que está ajudando deficientes, assim como vi no Instituto. Acho incrível! É extremamente importante para mim fazer um papel como esse", comentou.

Acompanhe a história das duas em Reis — O Pecado. Não perca nenhum detalhe da série: é de segunda a sexta, às 21h; os melhores momentos vão ao ar aos sábados, no mesmo horário, na tela da Record TV. E você pode rever todos os episódios na íntegra, quando e onde quiser, no PlayPlus.com.

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