Foi impossível segurar as lágrimas no reencontro de Israel (Petrônio Gontijo) e José (Juliano Laham) no penúltimo capítulo da novela Gênesis. Depois de passar anos acreditando que o jovem estivesse morto, o patriarca, finalmente, pôde abraçar o filho e ver com os próprios olhos que ele havia se tornado um dos homens mais importantes do Egito. A cena tão aguardada pelo público emocionou o ator Petrônio Gontijo nos bastidores de gravação.“Foi muito forte gravar. O Juliano estava muito pleno, muito bem, era como se fosse um pai e um filho mesmo se encontrando. A coisa fluiu de uma forma tão tranquila e emocional, que a gente não fez de novo nada. A gente só fez para um close, claro, quantas vezes precisou repetir, mas a gente não precisou repetir nenhuma vez, por falta, como se diz tecnicamente, de instalação do ator no personagem, e isso foi emocionante. A gente se emocionou de verdade fazendo essa cena”, contou.Em entrevista ao site oficial, Petrônio Gontijo, que completou 30 anos de carreira, analisou o final da trajetória deste grande personagem na novela e o sentimento durante as gravações das emoções finais de Gênesis.“É num fluxo de alegria esse final que foi muito legal, porque é um Jacó que não é sofrido. É um Jacó feliz, se realizando, finalmente, com 130 anos. Então, isso é muito bacana, de perceber o desenho e a perseverança do Jacó, um cara que caiu várias vezes e que se levantou quantas vezes caiu, que se reinventou, que buscou se aprimorar, melhorar, mesmo na velhice. Acho o Jacó de uma inteligência muito grande, isso me toca, a inteligência do Jacó. E tem que ter humildade também para reconhecer, porque, hoje em dia, a gente aponta o erro do outro - e tem um ditado popular que fala que quando você aponta um dedo tem três virados para você - e não procura ver qual sua parcela de erro em cada situação. Sempre é mais confortável apontar o erro, independentemente de ter razão ou não. A adversidade aconteceu, você fala: ‘qual minha parcela de responsabilidade nisso?‘. Jacó me emociona muito por causa disso. É um personagem histórico, muito forte, que usa dessa ferramenta a vida inteira, ele está se questionando a vida inteira a respeito da parcela de erro em cada situação, independentemente de ter razão ou não de ter feito aquilo. Quando ele foi para a alegria no final, depois de 130 anos, foi muito emocionante gravar”.Para Petrônio, outra cena marcante deste momento final da superprodução da RECORD foi a bênção ao faraó Sheshi, que também se tornou especial pela possibilidade de contracenar novamente com o amigo de longa data, Fernando Pavão.“O que mais me emociona em cena é que a gente esquece um pouco que está em cena e troca de verdade com o colega, nessa novela aconteceu com todos, aconteceu no nosso núcleo esse tipo de troca, acho que é isso que a gente busca em cena a vida inteira como ator: estar em cena e contracenar. Falar, o outro ouvir, através do jeito que você falou, o outro responde, através do jeito que o outro respondeu, você fala. Dialogar. Às vezes, no set, é tudo tão corrido que a gente não se dá esse tempo. E, nessa novela, teve esse tempo, no meio de tudo, várias vezes, a gente conseguiu encontrar essa respiração no meio, muito orientados pelo Ed [Edgard Miranda, diretor-geral da novela]. Eu tive essa conversa com o Ed antes de começar a gravar, e ele disse: ‘Leva essa tua respiração para a cena, não precisa correr, o que a gente quer é a verdade de cada um’. Então, isso foi muito bacana, porque deu uma certa tranquilidade para gente contar essa história da forma mais sincera e verdadeira possível”, completou.Perdeu os últimos capítulos de Gênesis? Assista na íntegra em PlayPlus.com.Conheça os significados de alguns nomes bíblicos: