Presentão. Foi assim que o ator Amaurih Oliveira definiu o personagem Teruel e o trabalho na novela Gênesis em publicação nas redes sociais. Com uma trama marcada por quebras de confianças e traições, o ex-soldado da guarda do faraó Sheshi (Fernando Pavão) levou o ator a experimentar novos desafios na teledramaturgia.“Pude exercitar um lado meu de ator, que é um lado dramático. Teruel é um personagem que pouco ri. Ele é um cara solar [no começo da novela], não é um cara que não tenha essa coisa iluminada, mas ele passa por uma trajetória da novela em que é muito mais fechado dentro desse universo dele do que sorridente, aberto”, explicou.Durante o bate-papo com o site oficial, Amaurih relembrou diferentes momentos do personagem ao longo da trama. Desde a primeira mancada, quando Teruel sugeriu se deitar com Asenate (Letícia Almeida) para evitar que ela fosse mandada ao harém, até o derradeiro envolvimento com a esposa de Potifar (Val Perré), Neferíades (Dandara Albuquerque).O ator disse evitar fazer julgamentos dos seus personagens, mas contou ter buscado entender as atitudes de Teruel.“A gente teve alguns encontros com a autora Raphaela Castro para falar sobre os personagens. E eu não gosto de julgar meus personagens, mas o Teruel vacila muito e quis perguntar a ela. [Ela disse:] ‘Amaurih, olha só, o Teruel é inconsequente, ele faz as coisas sem pensar’, e aí quando acaba se dando por si já aconteceu, já está envolvido em muitas coisas que não são legais e vai vivendo. Acho que essa palavra que a Raphaela trouxe é muito forte, de deixar claro que o personagem é inconsequente. Ele não arquiteta essas coisas, ‘vou arrumar um plano aqui para fazer essa maldade’, não vejo o Teruel dessa maneira. Ele vai vivendo as coisas e quando vê já fez e sofre por isso”, disse.Em uma das sequências mais intensas da trajetória do personagem, o ator contou ter se emocionado com a cena em que Teruel é flagrado por seu superior na cama com a esposa dele.“Lembro que na hora que a gente gravou, no primeiro momento em que olhei para o Potifar, o Val, que é meu irmão, me emocionei mesmo. Meu olho encheu de lágrima porque era ele sério, aquele homem com uma imagem extremamente forte, olhando para um soldado que ele confiava, que tinha como um filho, porque vejo a relação de Potifar e Teruel como pai e filho, com a esposa dele. É terrível. [Uma dupla traição?] Isso acontece até hoje, essas quebras de confiança e quebrar a confiança deixa a gente muito triste. Foi dupla quebra de confiança, de Neferíades com Potifar e de Teruel com Potifar. Foram duas facadas enormes que ele levou ali. E eu vi que o Val trouxe na cena essa sensação de decepção de verdade só no olhar”, comentou.Essa foi sua primeira novela bíblica e o baiano destacou a grande dimensão deste trabalho na carreira.“Tem uma coisa muito bacana da RECORD, que é dar oportunidade de personagens maiores, principalmente para atores negros, e isso posso falar com toda segurança possível. A nossa fase, por exemplo, tem personagens incríveis para atores maravilhosos. Às vezes, deixam a gente em um esteriótipo, que não é legal. Vejo que a RECORD consegue apostar na gente fazendo outras coisas. Ver o Val Perré fazendo chefe da guarda do faraó, Dudu de Oliveira [Abumani], que é meu irmão, entre os principais ao lado de José [Juliano Laham], Kizi [Vaz, Kamesha] - RECORD também só pegou a nata, tem Isabel Fillardis [Amanishakheto] no nosso elenco. Vendo esse elenco de atores negros talentosíssimos fazendo personagens grandes é uma felicidade enorme,” afirmou.Você pode assistir às últimas emoções de Gênesis na tela da RECORD. Em PlayPlus.com, o assinante pode assistir aos capítulos na íntegra e a cenas extras da novela.Entenda a relação tumultuada entre Esaú e Jacó: