Bruno PC no ‘Palco’: a ponte ‘Entre a Mente e o Coração’
Palco Record|Do R7
‘PBruno PC é uma das vozes emergentes da musica portuguesa. Em entrevista à apresentadora Joana Xará no programa ‘Palco’, falou sobre o seu EP de estreia ‘Entre a Mente e o Coração’, um trabalho que nasce do equilíbrio entre saúde mental, amor e expressão artística. Com letras pessoais e sonoridades ricas, Bruno explora o que há de mais humano nas suas canções e partilha o percurso que o levou da escrita, aos 11 anos, até o palco da vida adulta.
[Entrevista originalmente exibida no programa ‘Palco’, da RECORD EUROPA]
Joana Xará: Vamos falar deste teu EP de estreia, ‘Entre a Mente e o Coração’. Como é que surgiu a ideia deste projeto e o que é que há, efetivamente, entre a mente e o coração?
Bruno PC: Ok, boa questão! Então, este projeto começou já há muito, muito tempo. Eu escrevo desde os meus 11 anos, mas foi em 2023 que decidi, que era agora que eu ia arrancar com o meu projeto autoral, com as minhas músicas originais, então decidi lançar o meu single de estreia, ‘A Corda’, que fala sobre as questões da saúde mental e, portanto, começamos aqui com a temática da mente. Como eu, durante toda a minha vida, escrevi sempre sobre o amor, o desamor, os desgostos amorosos, que fazem parte de todas as nossas relações, decidi que tinha que ter uma ponte entre aquilo que eram as questões da mente e as questões do coração. ‘Entre a Mente e o Coração’ foi um título que surgiu muito naturalmente.
JX: Este Bruno pequenino, de 11 anos, já sabia que era mais ou menos por este caminho que queria seguir?
BPC: Da música, sim. Da mente, não, isso surgiu mais tarde. O amor, completamente, sim.
JX: Falaste aqui destas sonoridades, deste pop, deste R&B, também passa aqui um bocadinho pelo funk, pelo neo-soul. Foi fácil juntar-te estas sonoridades todas?
BPC: Foi desafiante. Não acho que tenha sido difícil, atenção, trabalhei com produtores incríveis. Depois tive o Daniel Drake, que tem composto comigo a grande parte dos temas e grande parte da composição. Então, todas estas pessoas, todos estes elementos, ajudaram-me a criar aqui uma linha-guia, digamos assim. Criar-se uma fusão quase perfeita destes gêneros.
JX: Podemos falar deste ‘Claramente’, foi um single que antecedeu este EP. O que é que ele nos mostra do Bruno enquanto artista?
BPC: Olha, foi uma descoberta para mim próprio, porque é uma música que explora um lado mais sensual, mais atrevido, mais leve, digamos assim. Porque acho que comecei com um tema um pouco pesado, embora tentasse uma abordagem que fosse mais inspiracional e não tão pesada como o tema o exige. Então este ‘Claramente’ mostra o outro lado, um lado mais engraçado, mais despojado.
JX: Tu já cresceste bastante desde 2023, estás a crescer exponencialmente. Como é que vês o teu futuro?
BPC: No outro dia eu falava isso com a minha avó, a dizer que, realmente, quando era menor, ou seja, há 10 anos atrás, parecia que conseguia ver o meu futuro a 10, 20 anos, não sei se te acontece o mesmo.
JX: Sempre que fazem aquela pergunta, ‘onde é que te vês daqui a 10 anos’? Eu não sei responder a essa pergunta, tu sabes?
BPC: Não, é exatamente esse sentimento que eu tenho! Quando me perguntam “o que é que imaginas no futuro”, eu consigo imaginar um futuro próximo, 2, 3 anos, e imagino-me realmente a conseguir aqui alguns objetivos que eu tenho, a nível da música, e noutros aspectos da minha vida, porque eu acabo também por levar uma profissão ‘não artística’, como eu costumo dizer. Trabalho em comunicação, e também tenho alguns objetivos nesse sentido. Eu próprio, quando comecei na área artística, foi em teatro musical, portanto, era muito palco, muito o contato com o público direto, e então também sinto um bocado falta disso, só que num projeto autoral, tem que se fazer uma construção, não é? Portanto, temos que dar a conhecer o nosso repertório, este EP também me vai permitir apresentar um maior leque de material, e também dar tempo para as pessoas poderem absorver e aprender.
Últimas

Geandson Rios, vocalista do Djavú, leva ‘tecnobrega’ a Portugal em nova turnê
Entre os muitos sucessos da banda, destaca-se ‘Me Libera’, que continua a ser cantada por multidões e a representar a identidade musical do grupo

Daniela Soares fala sobre lançamento de EP íntimo
O novo EP começou a tomar forma ao longo do último ano, mas traz na essência histórias vividas nos dois anos anteriores

Celso Kamura leva a beleza brasileira para Portugal
Mais do que técnica, Kamura enfatiza um propósito: democratizar a beleza

Pipa Brasey fala sobre espetáculo que revive a história da bossa nova
Veja a entrevista ao ‘Palco’ da TV RECORD


O programa ‘Palco’ vai conhecer ‘Definitivamente as Bahamas’
Peça teatral revela relações tóxicas e ritmo radiofónico

Fabiana Thorres leva pele de bacalhau e a brasilidade à cena internacional
Mais do que estética, a proposta carrega um compromisso social

Anna Joyce celebra 11 anos de carreira e lança música com Evandro
A artista descreve a carreira como um processo contínuo de partilha e transformação

April Ivy marca um retorno cheio de atitude
‘Ficavas Bem Melhor’ é, nas palavras de April, “o início de uma viagem muito bonita”

Da Angola para o mundo: o grupo Tuneza prova que o riso é uma linguagem universal
O grupo de humor Tuneza celebra mais de duas décadas transformando dor em riso e oportunidades

Zeca Pagodinho fala sobre ida a Portugal e parceria musical com o neto
O artista é considerado por muitos um ícone vivo da música brasileira

Rui Porto Nunes relembra 20 anos de carreira
A motivação central para Rui é construir personagens que não são ele

Luís Varatojo lança novo álbum do projeto ‘Luta Livre’
O artista propõe uma reflexão sobre identidade, verdade e a transformação dos valores em mercadoria

Isabél Zuaa fala sobre a sua atuação em ‘O Agente Secreto’
No filme, a atriz interpreta Tereza Victória, uma mulher angolana exilada no Recife

C4 Pedro escolhe a essência para guiar a sua arte
O artista afirma que a maior grandeza que procurava no mundo estava dentro dele
