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Palco Record

Jota Quest celebra mais de 25 anos em Portugal

Palco Record|Do R7

No último episódio do Palco’ da RECORD EUROPA, a apresentadora Rita Rosado entrevistou a emblemática banda brasileira Jota Quest, numa conversa íntima e cheia de boas memórias. Em destaque, esteve a ‘EuroTour 2025’, que levou os músicos de volta a Portugal para celebrar 25 anos de carreira com os fãs lusófonos. Ao longo da entrevista, Rogério Flausino, Marco Túlio e PJ falaram sobre a relação duradoura com o público português, os marcos que definiram a trajetória da banda e o significado de revisitar os grandes sucessos que marcaram gerações. Com emoção e bom humor, a banda refletiu sobre a longevidade na música, o processo criativo e a magia que continua a surgir “de tudo quanto é lado, de todos os jeitos, de todas as formas, de todos os temas”.

[Entrevista originalmente exibida no programa ‘Palco’, da RECORD EUROPA]

Rita Rosado: Vocês estão em Portugal, para esta ‘EuroTour 2025’. Que tour é esta que chega até ao nosso país?

Rogério Flausino: Essa é uma turnê especial pela Europa. Estou muito feliz, porque a gente acabou de terminar no Brasil uma turnê de 25 anos, que foi um grande sucesso, e a gente não tinha trazido isso para cá. Então, eu acho que a gente chegou com esse clima de querer celebrar com vocês também, isso tudo de bom que está rolando lá e rever os amigos, rever você, a galera da RECORD e tudo.

RR: E o que significa estar novamente aqui em Portugal, agora com novas histórias e novas estradas no vosso percurso?

Marco Túlio: A nossa presença aqui em Portugal, em várias cidades, não só Lisboa, já tem uma história de duas décadas. A gente sempre veio aqui, com a Ivete, viemos para o ‘Rock in Rio’, viemos fazer vários eventos aqui. E dessa vez no Coliseu, então Portugal passa a ser uma rota dentro da nossa jornada de turnês, é a nossa segunda casa. Já o palco, eu acho que é a nossa primeira casa, o palco já é há muito tempo a nossa primeira casa. Mas Portugal, sem dúvida, e Lisboa em especial, passa a ser um lugar já muito familiar para a gente, com muitos amigos, tanto brasileiros como portugueses também aqui, os restaurantes, os lugares que todo mundo frequenta já fazem parte do nosso mapa, da nossa rotina. Então é muito confortável para a gente, muito aconchegante para a gente poder estar aqui, convidar o público português, convidar o público brasileiro, para estar presente nesse momento nosso de matar a saudade, de reviver histórias.

RR: Olha PJ, e a realidade é que vocês vêm de uma tour cheia de energia, este ‘J25’, para celebrar os vossos 25 anos de carreira, e de que forma é que estes 25 anos se prolongam, de que forma é que vocês chegam até aqui?

PJ: Acho que tem mais de 20 anos que a gente vem a Portugal. E a língua é comum, é uma língua maravilhosa, a gente canta em português… Engraçado que tem muita gente que pergunta, “Ah Jota Quest é do Brasil, mas vocês cantam em português?” A gente faz questão de cantar em português, a gente vem com essa vontade de sempre, porque a gente tem um carinho muito grande por Portugal, eu adoro Portugal, adoro os portugueses, e eu acho que a gente tem que absorver mais a música portuguesa, que é ótima! Eu estava ouvindo uma banda que está muito famosa aqui, ‘Napa’, muito boa a banda, é um wind rock. Quero conhecer os meninos, achei demais, e eu acho que esse intercâmbio tem que ser feito. Então, o Jota Quest precisa ter mais tempo, a gente fica lisonjeado de estar podendo até hoje, estar voltando aqui em Portugal, com a tour de 25 anos.

RR: Vocês trazem os vossos sucessos, ‘Só Hoje’, ‘Amor Maior’, ‘Dias Melhores’, e mais não sei quantos sucessos que vocês têm. De certeza que o vosso público pede sempre esses sucessos, certo?

RF: Com certeza! Esse show foi criado para isso, para que a gente pudesse reviver tudo aquilo. (…) É um show moderno, muito energético, tem uma produção visual muito legal e muito interativa. O Jota é uma banda muito comunicativa, e nada melhor para você rechear essa ‘parada’ com canções muito conhecidas, que todo mundo canta junto, canta com força. Os refrões são muito fortes, e a gente conta com a plateia cantando esses refrões. É legal quando a gente está aqui, porque a gente vê o sotaque português cantando os refrões, isso é muito legal.

RR: Podemos dizer que a banda Jota Quest é um bocadinho nostalgia também, não é?

RF: Com certeza, uma banda de 30 anos, um artista com 30 anos de carreira, ele inevitavelmente se torna nostálgico, porque as pessoas vão construindo suas vidas com essas canções, e a gente também. A gente tem essa relação com as músicas que a gente fez, marcaram a nossa vida. (…) Essa turnê foi muito surpreendente, acho que se soma isso, o fato de ter rolado a pandemia e a gente voltar para os shows com aquela saudade, mas foram quase três anos de uma troca de energia muito boa e isso revitalizou a banda, a banda praticamente renasceu para o futuro.

RR: Marco. A realidade é que muitas vezes a longevidade de uma banda não acontece, como é que se mantém essa vossa longevidade?

MT: Essa pergunta é a fórmula do milhão, que a gente não tem essa fórmula. [risos] A gente continua mantendo uma sintonia nos nossos objetivos e uma capacidade de convergir em torno desses objetivos, apesar das divergências, apesar das diferenças e da vida de cada um. Quando nós começamos éramos cinco caras solteirões, uns morando com os pais ainda – que é o começo da maioria das bandas – muito jovens, e ao longo do tempo todo mundo casa, sai de casa, separa, e a vida de cada um também vai seguindo.

RR: A verdade é que vocês, ao longo do tempo, têm escrito outras histórias, outras músicas… Ainda vos falta alguma história, alguma mensagem, alguma verdade que vocês nunca conseguiram escrever numa música?

RF: Certamente sim. Eu tenho muita coisa escrita, atualmente no celular, antigamente era no papel, e eu sinto muita falta disso, inclusive. Têm muitas letras ali que precisam ganhar música e isso não é definitivamente uma ciência exata. A gente, toda vez que vai fazer um disco, fala “ó galera, agora vamos fazer um disco”, aí começa a juntar música. A música vem de tudo quanto é lado, de todos os jeitos, de todas as formas, de todos os temas, e aí a junção daquela letra com aquela melodia, aquilo vai virando música capaz de ir para um disco e talvez, quem sabe, bate em algum coração. É preciso que a gente esteja sempre em atividade para isso acontecer.

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