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Landrick abre o coração no ‘Palco’ antes de grande show em Lisboa

Palco Record|Do R7

Lando Ndombele, mais conhecido por Landrick, é um renomado cantor angolano conhecido pela sua musicalidade com uma sensualidade única. Sucessos como ‘Me Agarra Só Uhm’, ‘Fila da Goda’ e ‘Há Mulheres e Mulheres’ consolidaram a sua carreira. Este ano, lançou o álbum ‘Rei do Kuyuyu’ que leva dia 9 de maio, num show especial em nome próprio no Coliseu, em Lisboa.


[Entrevista originalmente exibida no programa ‘Palco’, da RECORD EUROPA]


Rita Rosado: Como é que tu te sentes por seres considerado um dos maiores nomes da música angolana?


Landrick: Foi algo que eu sempre quis. Sempre trabalhei para isso e tem sido uma bênção abrir caminho para novos talentos e inspirá-los a fazerem música. Realmente sinto-me muito abençoado e privilegiado por ser o que eu sou.


RR: O que é que tu sentes que tens, e que as pessoas te dizem, que te torna tão especial?


L: A minha esposa é muito rígida comigo e joga mesmo a verdade na cara. Então confio muito na opinião dela. Ela diz-me: ‘Amor, não percas essa tua humildade, essa tua forma de ser. Não importa a classe social, não importa quem, tu tratas sempre com respeito e com carinho. Espero que continues assim, porque eu sinto que vais longe, há mais coisas no teu caminho, mas não percas essa essência.’


RR: Tu tens vários anos de carreira, tens vindo a surpreender as pessoas que te ouvem. Também te tens surpreendido a ti?


L: Muito, é incrível! Modéstia à parte, mas há aquelas músicas que eu faço e aqueles detalhes que eu ponho na música, que eu às vezes ouço e eu digo: ‘Fogo, Landrick, és mesmo incrível. Landrick eu sou teu fã.’ [risos] É um privilégio ser quem eu sou. Deus tem me abençoado muito. Agradeço a Deus por essa luz, por essa bênção. Mas é como a gente diz lá [em Angola]: ‘Eu me cuio bué’ (‘Eu gosto muito de mim’). [risos]


RR: Essa sensualidade e autenticidade que tu tens nas tuas músicas, de que forma é que tu colocas? É um Landrick que existe ou é um Landrick que tu fazes para essas músicas?


L: Acontece, sabe? A kizomba é uma música alegre, e nós que cantamos assim num compasso mais desacelerado, acaba por se tornar um bocadinho mais sensual e mais intenso. Então, acredito que a forma como eu canto, às vezes, casa muito bem. Quando eu faço músicas direcionadas mesmo a esse estilo, acaba por casar muito bem.


RR: A tua música também ajuda a curar as pessoas que te ouvem.


L: Isso enche-me de alegria. Enche-me de alegria receber mensagens, ouvir testemunhos de pessoas que se identificam com aquilo que eu canto. Saber que as minhas músicas fazem parte de momentos especiais das pessoas, que alegram o dia de muita gente e mudam o humor de muita gente.


RR: Que disco é este, ‘Rei do Kuyuyu’?


L: O ‘Rei do Kuyuyu’ é um álbum de afirmação. É um álbum que deu muito trabalho, e ainda bem que deu, foi um desafio enorme! Tem a participação do Péricles, um dos maiores artistas brasileiros, fizemos uma música muito linda que fala sobre os filhos. O álbum ‘Rei do Kuyuyu’ traz mensagens muito ricas. É um álbum maduro, é um álbum mesmo de se apreciar.


RR: Qual é a mensagem principal deste álbum?


L: O amor. É sobre resiliência, sobre força. Este álbum é sobre ser criativo e trazer as tuas ideias à tona. Porque muitas vezes as pessoas têm boas ideias, mas por causa das opiniões alheias acabam por desistir e acabam por deixar de lado aquilo que eles idealizaram fazer. Um dos grandes sucessos que eu tenho nesse álbum é o ‘Babete’. É fruto dessa ideia que eu tive, da ideia que a minha equipe teve e seguimos em frente. Tanto que no videoclipe eu nem apareço, mas juntei um jogador de futebol a uma cantora, algo que nunca tinha sido feito antes em Angola. Um videoclipe extremamente diferenciado e resultou muito bem. E no que toca à composição, foi também um trabalho inteligente, porque foi um trabalho da equipa. Porque a união faz a força.


RR: É o ‘Rei do Kuyuyu’ que tu trazes a Lisboa, dia 9 de maio num show. O que é que tu estás a preparar que nos possas contar?


L: Estou a preparar um show histórico. Um concerto onde vamos poder viajar naqueles sucessos lá do início. Músicas que as pessoas amam e que são especiais para muita gente. Mas vamos cantá-las com muito mais amor. Dia 9 de maio será mesmo especial, é um concerto a não perder! Estou extremamente pronto, ansioso e nervoso. É um misto de emoções aqui dentro de mim, mas estou realmente muito feliz por fazer este primeiro show em nome próprio. Já estive no Coliseu, acho que duas ou três vezes, a convite de outros artistas. Mas agora vai ser mesmo o show do ‘Rei do Kuyuyu’!


RR: A tua vida tem sido repleta de batalhas. Esta é uma batalha vencedora?


L: Só o fato de termos este show marcado já é uma vitória. É um show muito importante para a minha carreira, em que darei o melhor de mim. Até me fogem as palavras, mas será mesmo histórico, será lindo, lindo, lindo! Será um show que ficará na memória de todos. Vai ser incrível!

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