‘Alice no País das Maravilhas’ ganha versão frenética e musical
Palco Record|Do R7
Em nova montagem de ‘Alice no País das Maravilhas’, o universo dos sonhos torna-se um país das maravilhas frenético, alucinante e cheio de música. Nesta adaptação, Alice deixa de ser apenas a menina curiosa para se afirmar como uma jovem mulher em busca de respostas — uma trajetória que confronta regras, desejos e a dificuldade humana de lidar com o tempo.
Alice entre regras e desejos
A intérprete Soraia Tavares descreve uma protagonista em transição: não mais criança, mas alguém que se questiona sobre quem é e o que deseja. Vinda de um mundo estruturado por normas, Alice cruza um limiar para um lugar indefinido — sonho, país ou mundo paralelo — onde nada é seguro ou óbvio. A personagem segue em permanente procura, refletindo como, no amadurecimento, muitas perguntas permanecem sem resposta.
Um mundo acelerado, cheio de música
O elenco destaca que a peça ‘Alice no País das Maravilhas’ privilegia ritmo, energia e sonoridade. Ruben Madureira e Sissi Martins falam de um mundo alucinante, sublinhando pontos essenciais definidos por Marco Medeiros e a dimensão coletiva da criação: muitas ideias, uma grande produção e uma estrutura robusta, com “as pessoas certas no lugar certo”. O resultado é um espetáculo que aposta na intensidade para atualizar o clássico.
Chapeleiro e Gato: tempo, ironia e verdades incômodas
Rita Tristão da Silva e FF integram o núcleo que “embaralha” a percepção da protagonista. O Chapeleiro surge como alguém que, em meio à loucura, lida com o tempo de maneira singular — um contraponto à ansiedade de Alice e de “grande parte de nós, seres humanos”. Já o Gato, figura icônica, dispara frases aparentemente disparatadas que, no fundo, dizem verdades que quase ninguém ousa dizer. Seu sorriso característico expõe uma face ambígua: nem sempre sorrir significa estar feliz.
Rainha de Copas e o extremismo do poder
A Rainha de Copas, por sua vez, corporifica a regra e o controle. A atriz explica que a personagem dialoga com o extremismo quando o poder é concentrado nas mãos de alguém — e como isso impacta quem a cerca.
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