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Palco Record

Mateus Novaes faz exposição em Lisboa

Palco Record|Do R7

Mateus Novaes acaba de realizar a sua primeira exposição individual. Em fevereiro, escreveu um manifesto onde afirmava procurar alternativas para expandir a sua pintura. A apresentadora Mahayla Haddad, do ‘Palco’ foi saber mais sobre essas alternativas e sobre a vida do artista. Veja a entrevista completa!


[Entrevista originalmente exibida no programa ‘Palco’, da RECORD EUROPA]


Mahayla Haddad: Mateus, bem-vindo ao nosso programa. Você acabou de fazer a sua primeira exposição individual. Que peso é que isso tem e o que significa para você?


MN: É o significado de um ano de trabalho intenso, numa rotina de atelier bastante densa. Ao mesmo tempo, deixa-me muito feliz porque, depois de muito trabalho, consigo ver o resultado dessa produção e, sinceramente, estou confiante que foi uma boa exposição.


MH: E essa amostra é definida como ‘avesso’, ‘desconstrução’. Por quê?


MN: Há uma obra muito importante na exposição que se chama ‘Verso’ e ela tem um significado metafórico de virar o artista e pensar novamente. E ela acontece na construção da obra também. Eram telas antigas minhas que ficaram enroladas durante bastante tempo e, quando eu as desenrolei, a tinta estava colada uma na outra e eu passei a usar o outro lado da obra. Uma espécie de renascer enquanto artista.


MH: Você usa outros materiais além da tinta nas obras desta exposição. Conta-nos que materiais são esses.


MN: As madeiras, as ferragens e, nesse sentido, eu tiro um pouco o peso dos meus ombros de ter que fazer uma obra clássica perfeita e passo a experimentar. E depois dessa experimentação, você consegue fazer recortes onde nasce algo genuinamente novo.


MH: Você disse que tem uma certa maturidade em trazer tons mais terrosos. O que isso significa?


MN: Os tons terrosos passam pela observação da natureza ao analisar melhor os seus sentimentos e não ser tão explosivo na pintura. Às vezes, a pintura com cores mais fortes passa a ser muito carregada e ingênua. Esses tons mais conectados com a natureza, as paisagens das praias do litoral de Portugal, trazem uma certa confiança para mim, enquanto artista.


MH: A natureza e o surf não podem ficar de fora desta entrevista, porque elas estão presentes na sua vida e na sua arte. Como isso contribui para o ‘Matheus artista’?


MN: O que eu procuro não é ilustrar o surf, mas passar os sentimentos que o surf me provoca. Falando aqui de cores fortes e cores mais balanceadas. Às vezes, o pôr do sol tem cores muito fortes, e tem dias que está mais nublado, em que o mar te dá um pouco mais de medo. E eu acho importante que isso também apareça no meu trabalho.

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