Grupo ND lança projeto inédito ‘Saneamento, atraso e desafio de Santa Catarina’
Série de reportagens apresenta dados exclusivos que mostram a situação precária do saneamento no Estado
NDTV Santa Catarina|Record TV Emissoras
Na véspera de mais uma temporada de verão o Grupo ND lança a partir desta quarta-feira (7) o projeto ‘Saneamento: desafio de Santa Catarina’, uma série de reportagens multimídia com conteúdo exclusivos em todas as plataformas: jornal impresso, televisão e portal de internet. O trabalho, inédito na imprensa catarinense, foi realizado pelo NDI (Núcleo de Dados e Jornalismo Investigativo) do Grupo ND
O levantamento mostra que sete em cada dez catarinenses possuem condições precárias de saneamento. Conforme os últimos dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações do Saneamento), que é o órgão do Governo Federal referência no registro das informações do Saneamento no país, 5,3 milhões de moradores não têm acesso à coleta de esgoto.
No jornal ND, as reportagens especiais serão publicadas nas quartas-feiras até o início de fevereiro. Os conteúdos contam com análises aprofundadas e levantamento de dados para todas as regiões do Estado. As matérias revelam a realidade das cidades e o impacto da falta de coleta adequada de esgoto na vida dos moradores e a responsabilidade do poder público em relação à necessidade de investimentos. A série também terá reportagens na grade da NDTV e entrevistas especiais publicadas no portal ndmais.com.br.
Dados alarmantes
O levantamento mostra que 207 municípios catarinenses (70%) possuem um índice de 0% de coleta de esgoto, o que indica que boa parte dos municípios não possuem condições de investimento em rede coletora. A solução adotada costuma ser a fossa, que nem sempre é regularizada, o que gera poluição, problemas ambientais e impactos na saúde pública.
Outro ponto ainda deficitário é o abastecimento de água. Principalmente em cidades pequenas e em locais de difícil acesso, o serviço ainda é precário. Em alguns municípios, penas 15% da população tem acesso à água potável.
Impactos na saúde e na economia
O projeto ressalta a ligação direta dos investimentos em saneamento básico com a saúde da população. E mesmo em um Estado com alta geração de renda como Santa Catarina, a cobertura de água e esgoto resulta em doenças graves, internações e até mortes por causas que poderiam ser evitadas. Além do impacto na saúde, as análises também abordam importantes efeitos em aspectos mais amplos, como ambientais e sociais. Os números também mostram os impactos na economia catarinense. Dados do Instituto Trata Brasil mostram que Santa Catarina pode perder até R$ 32,5 aso não resolva os gargalos do saneamento nas áreas de saúde pública, turismo e economia.