Nathalia Florentino relembra início do processo para viver Ester em A Rainha da Pérsia
Protagonista também analisa os primeiros desafios da personagem na série da RECORD
Entrevistas|Bianca Godoi e Gabriel Alberto, do site oficial
Após a estreia como Ester em A Rainha da Pérsia, Nathalia Florentino revela o quanto a personagem tem sido especial para a sua vida e carreira. Em entrevista ao site oficial, a atriz relembra o início do projeto e analisa os primeiros desafios da jovem na trama.
“É quase impossível explicar o que estou sentindo com essa estreia. O sentimento é de muita alegria e, principalmente, gratidão por estar em um projeto tão abençoado, com essa equipe maravilhosa e com meus colegas de elenco, que são incríveis”.
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O público já tem acompanhado a história de A Rainha da Pérsia, mas Nathalia ainda se lembra a sensação de assistir ao primeiro episódio: “Foi mágico porque quando li o roteiro passei a imaginar como tudo seria, o rosto das pessoas, os personagens. Então, desde o começo desse processo, quando encontrei meus colegas para fazer as primeiras leituras, já comecei a colocar os rostinhos nos personagens. E quando pude ver o produto pronto, foi maravilhoso”.
A família da atriz também se emocionou ao vê-la realizar um sonho: “Eles fizeram a própria estreia deles, uma festona, e ficaram muito emocionados. É um sonho compartilhado, todo mundo lá em casa sonha muito junto, acho que é assim com todas as pessoas que a gente ama. Quando uma pessoa conquista algo legal, vibramos juntos. Minha família está muito feliz. Eles amaram os episódios”.
Para viver Ester, Nathalia passou pela preparação e fez aulas de canto, dança e desenho, mas seu principal objetivo era entender como interpretar a personagem bíblica com fidelidade e respeito. “A minha grande preocupação era ser justa com essa história repleta de ensinamentos e com essa potência de mulher. O meu maior desafio foi caminhar nessa jornada de um jeito que eu fosse justa com ela”.
A atriz ainda destacou a importância de desmistificar a visão de que Ester era uma mulher totalmente perfeita. “É extremamente importante humanizarmos a personagem e não colocar essa imagem do herói inalcançável. Ela foi um ser humano incrível. E em todos os nossos estudos, tivemos essa preocupação de mostrar esse humano que, mesmo sem entender, ainda segue, mesmo nas dificuldades, confia na vontade de Deus. Acho que isso humaniza e é o que pode inspirar o público a assistir e se identificar”.
Depois dos estudos, Nathalia se emocionou ao se ver como Ester pela primeira vez durante as gravações no Marrocos. “Fiquei muito emocionada. Aquelas paisagens do Marrocos me trouxeram muita coisa boa enquanto atriz. Gravar no topo de uma montanha tem um outro sentimento, ajuda demais. Me emocionei muito a primeira vez em que coloquei o figurino da Ester, mas esse sentimento não mudou. Todas as vezes em que coloco o figurino sinto essa mesma emoção”.
E durante a viagem ao país africano a atriz sentiu o quanto foi acolhida pelo elenco e equipe, parceria essa que seguiu até as gravações no Brasil. “A partir do primeiro momento em que pisei no set, eu soube que poderia confiar neles. Senti no abraço, no sorriso e no olhar. Todos me receberam de braços abertos. Eles me acolheram. São pessoas incríveis que tenho o privilégio enorme de trabalhar. Para ser bem sincera, não consigo acreditar que vivi e estou vivendo tudo isso. Sempre me emociono. Todos os dias chego para gravar [no Complexo de Dramaturgia da Seriella Productions, no Rio de Janeiro] emocionada e com o desejo de finalizar essa história de um jeito incrível com todos os meus colegas”.
Há alguns meses interpretando Ester, Nathalia confidenciou o quanto já aprendeu com a personagem: “São tantos ensinamentos. Acho que já estou em uma parte do processo em que a Ester se entrelaça muito a mim. Não sei mais onde ela termina e eu começo porque ela me trouxe tantas coisas valiosas. Além de ser luz e despertar isso nos outros, ela respeita muito o pensamento do próximo. A Ester é uma pessoa muito sábia. Na série, vemos que ela traz essa calma e esse novo jeito de encarar os desafios. Muito baseado na fé dela, que é algo que determina essa ação”.
A atriz ainda revelou o que diria para ela mesma no início do projeto: “Você é capaz! Porque se passam vários sentimentos quando começamos algo novo. Tem ansiedade, aquele medo que te motiva a caminhar e não te assusta o suficiente para ficar parado. O que eu falaria é: ‘Respira fundo. Confia em Deus. Você é capaz”.
Primeiros desafios de Ester na série
Nos primeiros episódios de A Rainha da Pérsia, o noivo de Ester, Enoch (Bruno Ahmed), é convocado para a guerra, mas não retorna. “Para a Ester, é um dos momentos mais difíceis, em que ela vê tudo o que idealizou a vida inteira desmoronar na frente dela. É o casamento, a ideia da família. Digo que ela e o Enoch se escolheram, se conhecem desde crianças. Foi um amor que foi sendo planejado e construído, acertado entre eles. De um jeito muito real e puro. Quando ela perde tudo isso, a vida vira de cabeça para baixo. Ela não entende de imediato porque isso tudo está acontecendo, ela questiona, mas mesmo questionando, sinto essa resiliência, a capacidade de entender que: ‘Olha, posso não entender os Seus planos agora, mas confio’. Acho que essa é a grande mensagem dela”.
Nathalia explicou como ela e Bruno Ahmed desenvolveram a relação dos personagens. “O grande desafio foi deixar transparecer uma história que o público não iria conhecer. A minha construção em preparação com o Bruno foi incrível. A gente se conectou pelo olhar desde o momento em que fizemos o teste, que estavam procurando o Enoch, foi uma conexão imediata. O Bruno é um parceiro generoso, conseguimos nos comunicar pelo olhar e isso fica evidente nas nossas cenas. É um amor de admiração, de ‘quero estar aqui com você e planejar a minha vida toda ao seu lado”.
Ainda sofrendo pela morte de Enoch, Ester é obrigada a participar da seleção para se tornar uma das concubinas do rei Xerxes (Carlo Porto), onde apenas uma se tornaria a nova rainha da Pérsia. “Não é uma vida que ela escolheu. Ela não queria isso. Acabou de receber a notícia que o noivo morreu e tudo mudou. É uma coisa que não tem escapatória, é uma convocação real, ela precisa seguir. O que mais me admira é que ela enfrenta, mas não está feliz. É difícil, ela sente. Uma das coisas que mais admiro na Ester é a verdade dela. Ela não tem medo de demonstrar os sentimentos dela. Se ela ama, ela fala, se está triste, chora e mostra. Ela acolhe os outros a partir da verdade dela e que ela usa para si. É um dos momentos mais difíceis de transição da Ester, esse momento em que ela é arrancada da vida dela e jogada no palácio. Mas ela é surpreendida pela vontade D’Ele novamente porque ela não esperava amar novamente. Digo que ela planejou o amor do Enoch, mas o amor com o Xerxes foi planejado por Deus e isso aquece muito o meu coração”.
Nathalia também analisou o início da história de Ester e Xerxes. “A cena em que ela o olha pela primeira vez com outros olhos e percebe esse amor, ela fica surpresa, confusa com esse sentimento, porque ela não pensou que amaria de novo, e ela conhece um amor sem igual, o que ela sente por ele é algo incontrolável. Duas pessoas de culturas, pensamentos e crenças completamente diferentes, que em situações do cotidiano não se encontrariam, não ficariam juntas, mas que de repente são ligadas por esse amor, por essa admiração. Acho que vai além de qualquer descrição”.
Para a atriz, viver tantos momentos intensos ainda no começo da trama tem sido incrível. “A Nathalia também sofreu várias transformações ao longo desse processo. Então digo que dei as mãos para a Ester. Eu e ela estamos caminhando e nos descobrindo juntas”.
Acompanhe a série A Rainha da Pérsia de segunda a sexta-feira, às 21h, na RECORD. Acesse o PlayPlus.com para rever todos os episódios.
Internautas elogiam estreia de A Rainha da Pérsia na RECORD: